A adoção de ferramentas de IA, como o ChatGPT, no ensino superior, especialmente em cursos de engenharia, está avançando rapidamente. Em uma pesquisa recente conduzida na Universidade de Umeå, na Suécia, 71,7% dos estudantes de engenharia mecânica relataram já ter usado IA antes mesmo de começarem o curso. Esse dado revela o quanto a tecnologia já está inserida no cotidiano acadêmico.

No curso analisado, os alunos puderam usar o ChatGPT para desenvolver projetos com MATLAB, redigir relatórios técnicos e até para revisar conceitos fundamentais de física aplicada. A maioria relatou que a IA os ajudou a entender melhor os temas e a estruturar melhor seus códigos. Entretanto, a colaboração em grupo não teve grandes ganhos com o uso da IA, revelando que aspectos humanos da aprendizagem ainda não são substituíveis.

Entre os principais desafios, está o risco de dependência excessiva e o uso indevido da IA para resolver tarefas sem aprendizado real. Isso levanta uma preocupação com a integridade acadêmica e mostra a necessidade de políticas claras e orientações éticas para o uso da IA no ensino técnico.

Professores e instituições devem olhar para essa tendência como uma oportunidade. Integrar a IA de forma consciente pode não só aumentar o desempenho dos alunos, mas também ajudá-los a desenvolver um senso mais crítico sobre o uso de tecnologia. O ideal é tratar o ChatGPT não como um atalho, mas como um parceiro de aprendizagem.

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